O presidente da câmara da cidade japonesa de Onomichi foi obrigado a pedir desculpa após uma onda de protestos relacionada com a distribuição de um folheto oficial destinado mulheres grávidas, nos quais eram dados conselhos sobre como “evitar irritar o marido”.
De acordo com um vereador local, citado pelo El Mundo, o documento polémico tinha ainda uma secção de ‘Conselhos para os pais’, que dava sugestões com base num inquérito feito há cinco anos.
Foi com base nessa investigação que as autoridades locais têm produzido materiais para a parentalidade, com base no que os novos pais disseram gostar ou não gostar no comportamento das mulheres, após terem dado à luz.
De acordo com o folheto, alguns homens disseram que ficavam aborrecidos quando a mulher, recém-mamã, “ficava irritada por motivos desconhecidos” e não “conseguia tratar das tarefas domésticas” por ter de cuidar do bebé.
O documento gerou indignação entra a comunidade local, e depressa se tornou vial nas redes sociais. A onda de protestos levou Yuko Hiratani a retirar o documento de circulação e a pedir desculpas publicamente.
O responsável sustentou que o folheto “vai contra os sentimentos das pessoas que criam filhos, incluindo mulheres grávidas e mães com recém-nascidos, o que ofendeu muitas pessoas”, em comunicado.
“contém expressões que promovem os papéis de género, por isso paramos de distribuí-lo. Pedimos sinceras desculpas”, sustentou o autarca.
Segundo as autoridades locais, foram recebidos “156 e-mails e 51 telefonemas sobre o tema, a maioria com críticas ao documento”.
“Estamos a rever todos os documentos relevantes para efetuar as mudanças necessárias de forma a acomodar diferentes ideias e posições sobre questões familiares”, assegurou a Câmara Municipal.














